O que fazer ao presenciar uma crise epiléptica focal
Estima-se que uma a cada dez pessoas terá pelo menos uma convulsão ao longo da vida, o que significa que temos grandes chances de nos depararmos com esta situação. Sendo assim, conhecimento acerca de como proceder pode fazer toda a diferença.
A regra de ouro é: mantenha a calma. Ver uma crise epiléptica, principalmente pela primeira vez, não é algo confortável. É importante manter a calma para saber como agir.
As crises epilépticas se dividem em dois subtipos básicos: as focais, iniciadas em um local restrito do cérebro, ou as generalizadas, que acometem o cérebro como um todo.
Nas crises epilépticas focais, a apresentação clínica irá variar conforme a região do cérebro acometida, podendo ou não alterar a consciência do paciente.
- Nas crises sem alteração da consciência o paciente pode apenas referir “aviso” de crise, o que pode gerar ansiedade ou medo. Este “aviso” é muito variável entre os pacientes, podendo incluir dormências, manifestações motoras (repuxamento), desconforto na boca do estômago, pensamentos repetitivos, medo, cheiros fortes ou alterações visuais.
Nesta situação, recomenda-se permanecer ao lado, tranquilizando e reafirmando que tudo ficará bem. Este tipo de crise pode evoluir com alteração de consciência (descrita abaixo).
- As crises com alteração da consciência podem ter iniciado com o “aviso” e progredir com confusão mental ou lentificação. Isso ocorre devido à propagação das descargas elétricas anormais pelo cérebro. Enquanto está confuso, o paciente pode não conseguir falar normalmente, ou falar palavras sem sentido. Seu comportamento pode estar alterado, apresentando olhar fixo, movimentos com a boca, movimentos automáticos repetitivos das mãos, ou até mesmo caminhar sem direção.
Nesta situação, recomenda-se permanecer próximo durante todo o período que o paciente estiver confuso para garantir que ele não se exponha a situações de risco (como atravessar uma rua movimentada ou colocar a mão próximo ao fogo, por exemplo). Deve-se conversar sempre de maneira calma e tranquilizadora, e não restringir bruscamente suas ações, pois pacientes confusos podem reagir com agressividade (inconsciente) caso sintam-se ameaçados.
Após a crise o paciente pode sentir-se cansado e querer dormir. Reassegure que está tudo bem e permaneça próximo a ele até sua completa recuperação.
O que fazer ao presenciar uma crise epiléptica generalizada
Estima-se que uma a cada dez pessoas terá pelo menos uma convulsão ao longo da vida, o que significa que temos grandes chances de nos depararmos com esta situação. Sendo assim, conhecimento acerca de como proceder pode fazer toda a diferença.
A regra de ouro é: mantenha a calma. Ver uma crise epiléptica, principalmente pela primeira vez, não é algo confortável. É importante manter a calma para saber como agir.
As crises epilépticas se dividem em dois subtipos básicos: as focais, iniciadas em um local restrito do cérebro, ou as generalizadas, que acometem o cérebro como um todo.
Nas crises generalizadas, os pacientes não costumam ter aviso de que terão crise. Crises tônicas, atônicas, ausências, mioclonias e generalizadas tônico-clônicas bilaterais estão neste grupo.
- Crises tônicas são contraturas/hipertonias sustentadas dos membros ou tronco, enquanto as atônicas correspondem a perda súbita do tônus. Ambas têm início habitualmente súbito e duração breve, entretanto podem estar relacionadas a risco elevado de quedas e ferimentos, inclusive graves.
- As crises de ausência também estão neste grupo. Se apresentam como “desligamentos” com duração de alguns segundos, entretanto podendo ocorrer inúmeras vezes ao dia. O paciente pode sequer lembrar que teve a crise e seguir suas atividades normalmente.
- As crises generalizadas tônico-clônicas bilaterais, as convulsões propriamente ditas, podem ser uma evolução das crises focais (quando a descarga elétrica anormal se espalha por todo o cérebro) ou já iniciar de maneira difusa nos hemisférios cerebrais.
- Controle pelo relógio a duração da crise.
- Mova o paciente caso esteja em algum local perigoso.
- Afaste objetos que coloquem sua segurança em risco, como objetos cortantes ou pontiagudos.
- Coloque algo macio abaixo da sua cabeça (uma toalha, casaco, ou sua própria mão), para evitar que se machuque com os abalos.
- Não restrinja movimentos, não coloque nada na sua boca.
- Direcione gentilmente a cabeça do paciente para o lado, caso seja possível.
- Quando os abalos finalizarem, deite o paciente de lado, na posição de recuperação e mantenha-o assim até recuperar a consciência.
- Caso sua respiração esteja dificultosa, cheque se não há nada dificultando a passagem do ar.
- Ele acordará confuso, informe com tranquilidade onde ele está e assegure que ficará tudo bem.
- Permaneça ao seu lado até a recuperação.