Epilepsia é uma doença de origem cerebral caracterizada pela ocorrência espontânea de crises epilépticas, que por sua vez são manifestações clínicas decorrentes de descargas elétricas anormais no cérebro. Sua apresentação pode variar conforme a área do cérebro que foi acometida, podendo envolver regiões isoladamente ou o cérebro como um todo.
É uma condição que pode se apresentar desde recém-nascidos até idosos, e cada faixa etária tem particularidades específicas no tratamento. Acomete tanto homens quanto mulheres de maneira similar e não há distinções em etnias.
Apesar das crises epilépticas serem o sintoma que mais causa limitação e riscos para o paciente, geralmente elas não vêm sozinhas. Alterações de humor, como depressão, irritabilidade, ansiedade, flutuações de humor podem ocorrer concomitantemente e exigem tratamento apropriado. Queixas de memória também são muito frequentes e precisam ser abordadas.
O tratamento é centrado em medicações para interromper crises, que costumam funcionar em 7 a cada 10 pacientes. Todos aqueles que não conseguem adequado controle de crises precisam de avaliação minuciosa por neurologista especialista em epilepsia, tanto para ajustes medicamentosos, quanto para discutir outras opções de tratamento disponíveis.
O cuidado à pessoa com epilepsia e sua rede de apoio é complexo e merece dedicação e zelo. Situações específicas como gestação, tratamento de epilepsia em idosos, mulheres em idade fértil, crianças com atraso de desenvolvimento neuropsicomotor, merecem atenção especializada.